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CROSS BONDING

Em todo sistema de transmissão existe induções entre as fases. Devido à existência dessas interações e também a interação com o plano de terra a cada distância percorrida da linha são realizadas cruzamento nas fases de forma que essas “interações” sejam simétricas no final do trecho, mantendo iguais as condições em cada uma das fases da LT. 

 

Nos sistemas de transmissão utilizando cabos isolados existem também essas e outras interações devido à existência da blindagem nos condutores. 

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Para trechos curtos de circuitos normalmente não existe essa exigência porém para Linhas de transmissão isoladas essa condição é mais crítica.  

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Dessa maneira, para pequenas distâncias, e entendemos como pequenas distâncias medidas da ordem de 500 a 800 metros, são utilizados sistemas de aterramento, solidamente aterradas em uma das extremidades ou nas duas extremidades ou na parte central da linha.

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Para comprimentos acima disso, o sistema chamado de cross-bonding, normalmente é o recomendado. Nesse caso, a rota é dividida em seções “principais”, cada uma delas dividida em três subseções ou seções menores. 

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A cada trecho de três subseção, a blindagem dos cabos de cada fase são conectadas entre si e solidamente aterradas, e nas duas juntas intermediárias, as blindagens dos cabos devem ser cruzadas e isoladas da terra via SVLs. 

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As três blindagens são conectadas em série e são associadas a condutores de diferentes fases, e quando os cabos são instalados em uma formação de triângulo equilátero, suas correntes e consequentemente as voltagens das blindagens têm a mesma magnitude, mas com um deslocamento de fase de 120 °. O efeito geral é que a tensão resultante e a corrente nas três blindagens tendem a zero, ou se anulam no final do trecho.

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Quando os cabos são colocados em formação plana, as tensões induzidas nas blindagens dos cabos externos são maiores do que aquelas induzidas na blindagem do cabo central e a soma dos fatores não é zero.

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Por essa razão, na formação plana o ideal é também transpor os cabos de cada fase em cada ponto de junção e o cruzamento é realizado com uma rotação de fase oposta àquela da transposição das blindagens dos cabos. Veja a figura abaixo.

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Dessa forma todas as blindagens, de cada fase dos cabos, necessariamente passarão pela mesma indução, tanto na fase central como nas fases laterais. Usando esse artifício ao término do trecho a soma da tensão das blindagens nas três seções sucessivas é novamente zero ( ou tende a zero visto que não temos um sistema perfeito com todas as dimensões exatamente iguais e simétricas).

 

O sistema de ligação cruzada preferencialmente necessita de um sistema de conexão externo que além de realizar as conexões também possui um limitador de corrente ou SVL (sheath voltage limiters) que protege a linha no caso de ocorrência de curtos e transitórios que possam comprometer a linha. De outra forma o uso de sistema de Cross Bonding também dispensa a necessidade de uso de um cabo de conexão de aterramento entre as extremidades da linha, pois as blindagens interligadas dos cabos fazem esse papel também, com mais segurança, pois possuem sistema SLV. 

 

A DC AC verifica e instala sistemas de Cross Bonding necessários em Linhas subterrâneas e caso necessário pode ser realizado uma avaliação antes da efetiva implantação do projeto .

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Para sistemas com distâncias menores outras soluções podem ser implementada, entre em contato e converse sobre sua necessidade.

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